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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Canil e ONG firmam parceria para atender cães recolhidos


O Canil de Piracicaba e o Gafab (Grupo de Apoio à Força Aérea Brasileira) firmaram acordo para treinamento especializado de cães recolhidos na cidade. A objetivo é reduzir o sofrimento dos animais retirados das ruas e com distúrbios emocionais, além de socializa-los para que tenham perfil de qualidade e segurança antes da adoção responsável. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), o trabalho de diagnóstico e planejamento já começou e as atividades com os cães têm início em fevereiro.

A estratégia tende a dar status ainda mais valoroso aos animais, porque entra no campo da formação técnica oferecida pelo Gafab, ONG (Organização Não-Governamental) sem fins lucrativos. De acordo com Marcelo Kraide Soffner, presidente da entidade, os pontos principais do trabalho são: reduzir o sofrimento dos cães recolhidos pelo Canil, por ocasiões difíceis que passaram e lhes causaram distúrbios emocionais; socializar cada um deles, para que vivam em harmonia com os demais, bem como com o possível tutor; e dar-lhes novo perfil, para que possam ser doados com qualidade e segurança.

Kraide Soffner destaca que a parceria é ainda mais ambiciosa. “Temos um trabalho de ponta, em que preparamos cães para buscas e salvamento de pessoas desaparecidas. Esta atividade também está no horizonte do que estamos propondo nesta parceria com o CCZ”, disse. Outro aspecto do processo é a capacitação da equipe do CCZ, para que a relação com os cães recolhidos também ganhe novo capítulo. “Todos os médicos veterinários e técnicos participarão de palestras teóricas e práticas e aprenderão reverter o estresse dos animais e criar um ambiente favorável e estimulante, o que significa um salto positivo na qualidade de vida. Vamos desenvolver atividades que os cães passem da condição de ‘agressivos e arredios’ para ‘dóceis e amigáveis’. Evolução que será apresentada à sociedade”, afirmou Ariovaldo Sanches, treinador e adestrador de cães do Gafab.

Segundo Eliane de Carvalho, médica veterinária que coordena o CCZ, a equipe do Canil não conta com adestradores. “Nossa formação é para cuidados com a saúde dos animais. Agora, com o serviço de treinamento, teremos de aprender a lidar com cada um deles de forma diferente, respeitando suas especificidades, o que demanda um novo olhar para além do trabalho do dia-a-dia”, disse.

Na sequência, com a evolução do processo, o que se espera é que alguns desses animais possam ser usados, inclusive, em atividades de cinoterapia (terapia com cães), desenvolvidas pela ONG em hospitais e entidades assistenciais. “Claro que essa meta é para um futuro próximo, porque demanda mais tempo e a descoberta do potencial de cada cão recolhido. Hoje, diagnóstico feito pelos voluntários do Gafab indica que alguns deles têm potencial para ir longe em termos de adestramento e qualificação”, relatou Eliane. Para ela, é evidente a mudança de paradigma quando se avança neste trabalho de capacitação. “Se tudo funcionar como esperamos, o cenário tende a se reverter, porque os cães terão valor agregado tão relevante que as doações (adoções) aumentarão e eles ainda poderão se tornar ‘agentes de saúde’ e trabalhar ao nosso lado. O momento é de qualificá-los para que encontrem novos donos (tutores)”, afirmou.

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