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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Câmara homenageia nova diretoria do Instituto Formar

A nova diretoria do Instituto Formar de Aprendizagem Profissional, eleita para o mandato (2013-2017), sob a presidência da José Sérgio De Fávari foi homenageada pela Câmara de Vereadores de Piracicaba, em ato solene transcorrido antes do expediente da reunião ordinária de ontem (29), às 19h30, nas dependências da sala da presidência da Câmara, conforme iniciativa do vereador Pedro Kawai (PSDB) no Requerimento de Congratulações (409/13). Além da presidência da entidade, também esteve presente o Secretário Geral, Francis Mike Quiles e o Diretor Financeiro Paulo Sérgio Spolidório. O vereador Matheus Erler (PSC) também prestigiou o evento.

Na entrega da comenda da Câmara o vereador Pedro Kawai enalteceu o trabalho da entidade na formação dos adolescentes. O presidente Sérgio De Favari também destacou a importância dos trabalhos na promoção da cidadania e cultura dos jovens. Cópias da Moção serão direcionadas ao vice-presidente, Rubens Leite do Canto Braga; Secretário Geral, Francis Mike Quiles; Secretária Geral Adjunta, Nancy Aparecida Ferruzzi Thame; Diretor Financeiro, Paulo Sérgio Spolidório e Diretor Financeiro Adjunto, Bruno Prata.

Histórico

O Instituto Formar de Aprendizagem Profissional foi fundado como Guarda Mirim Municipal de Piracicaba em 21 de abril de 1966, pelo Prefeito Comendador Luciano Guidotti, pelos representantes da Sociedade Civil como Rotary Club, Lions, Maçonaria e órgãos como Juizado de Menores e Guarda Civil.

A criação da entidade deu-se por iniciativa do Vereador Professor Rubens Leite do Canto Braga, por meio da Lei nº. 1.161 de dezembro de 1962, que previa o atendimento a 20 adolescentes com idade entre 14 e 18 anos.

Naquela época, a cidade de Piracicaba tinha aproximadamente 120.000 habitantes e, por três vezes consecutivas, foi considerada a cidade mais progressista do Estado de São Paulo, a cidade das escolas, das avenidas e a “Atenas do Brasil”.

Em dezembro de 1965, o Juizado de Menores e a Guarda Civil, através do Sub Inspetor Elias Domingos da Silva, atendiam na entidade 15 adolescentes do sexo masculino, onde desenvolviam atividades como instruções de ordem unida, disciplina e trânsito.

Após dois meses, o Sub Inspetor Elias Domingos da Silva, não encontrando ninguém na Corporação de Piracicaba que se disponibilizasse a trabalhar com esses adolescentes, solicitou auxílio do Comando da Guarda Civil de São Paulo, sendo então designado o Classe Distinta Frederico Ciappina Neto, para organizar e comandar a Guarda Mirim de Piracicaba. Com a chegada deste, a Guarda Mirim começava a se estruturar como uma entidade de formação cívica e moral.

Em setembro de 1966 foi promulgada a Lei nº 1.262 que instituiu mudanças à lei de criação da Guarda Mirim, ampliando o número de adolescentes a serem atendidos, para no mínimo 30, e alterando a faixa etária de 12 a 14 anos para serem admitidos. Nesse período, a entidade se instalou na sede da Guarda Civil, localizada na Rua Moraes Barros, nº 525.

Em 14 de abril de 1966, foi alterada a idade máxima de permanência na entidade até os 17 anos e 11 meses, através da Lei nº 1.404. Uma semana depois, em 21 de abril de 1966, a Guarda Mirim Municipal de Piracicaba foi oficialmente apresentada à sociedade Piracicabana prestando solenemente o compromisso funcional da entidade.

Num primeiro momento, a Guarda Mirim divulgava a abertura de suas vagas na comunidade e no clube dos engraxates existente na época, posteriormente selecionava os adolescentes do sexo masculino na faixa etária de 12 a 14 anos, através dos critérios de bom rendimento escolar e pesquisa sócio-econômica.

Após o ingresso desses adolescentes na entidade, eles desenvolviam a função de Auxiliar de Trânsito, competindo-lhes vigiar veículos nos dias de finados, nos dias de carnaval e também auxiliar no controle de semáforos e na travessia de pedestres – principalmente estudantes em frente às escolas.

Além da função que desenvolviam no trânsito, os adolescentes participavam de aulas complementares do ensino regular e também de uma fanfarra. A partir de 1.70, iniciaram as aulas de teoria musical, que deram origem a Banda Musical “João Romeu Pitolli” da Guarda Mirim.

Em abril de 1.972, a Lei nº 1910 apresentou pela primeira vez a tendência de a entidade tornar-se uma instituição de profissionalização, ao ampliar a idade de atendimento para até 17 anos e 11 meses para os adolescentes que demonstrassem interesse pela continuidade nos estudos.

Devido aos riscos existentes nas ruas e também à nova visão da entidade, os adolescentes deixaram progressivamente a função de auxiliar de trânsito e migraram para a função de mensageiros, exercendo atividades como: entrega de correspondências, serviços externos e rotinas relacionadas a escritório que eram chamadas de “Trabalho Aprendizado”.

Já nesta época, o trabalho social desenvolvido pela entidade passou a ter destaque e reconhecimento à importância para o município, sendo que em 1973 a Lei nº 2.052 criou o “Dia do Guarda Mirim” de Piracicaba a ser comemorado anualmente no dia 12 de outubro.

Em janeiro de 1977, através da Lei Municipal nº 2.269, foi criado o Departamento Feminino da Guarda Mirim e foram selecionadas 39 meninas, quando desde então a entidade passou a atender adolescentes de ambos os sexos.

O trabalho desenvolvido tomou forma e tornou-se dos mais importantes trabalhos sociais de Piracicaba, recebendo cada vez mais adolescentes em busca de formação e inserção no mercado de trabalho. Com isto, iniciou-se a épica trajetória da entidade em busca de um espaço adequado para a realização de aulas e atendimentos.

A entidade chegou a ocupar quatro prédios na cidade, sendo três alugados e um cedido pelo município através da Lei nº 4.893 do ano de 2000, onde a entidade deu início ao Programa de Aprendizagem Profissional em 2004, com a fundação do CEP – Centro de Educação Profissional.

Ao todo, foram quatro terrenos cedidos à entidade no período entre 1978 e 2003, através das Leis 2.337/1978, 3.344/1991, 3.979/1995, 5.296/2003. Porém, apenas na quinta tentativa foi possível concretizar o sonho da sede própria, que se perdurou por 45 anos. Através da Lei 5.716/2006 e com o empenho da Prefeitura Municipal foi possível o início das obras em 2010.

No decorrer dos anos, com a concepção do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal 8.069 no ano de 1990), com o surgimento de novas leis de garantia de direitos das crianças e dos adolescentes e com a promulgação da Lei Federal 10.097 do ano de 2000 e sua regulamentação através do Decreto 5.598/2005, a Entidade se profissionalizou e firmou sua atuação como uma entidade de aprendizagem profissional, sem perder o objetivo social que é sua razão de ser. Buscando o fomento da aprendizagem em Piracicaba, no ano de 2009 com motivação da Guarda Mirim, foi instituída a Lei nº 6.587 que estabeleceu o “Dia Municipal do Aprendiz”, comemorado anualmente em 19 de dezembro.

Em 2010 e em 2011, a entidade recebeu o “Selo Parceiros da Aprendizagem” do Ministério do Trabalho e Emprego e, sendo a única da cidade e região a ser reconhecida consecutivamente, em 2012 a entidade é referência em aprendizagem profissional na área administrativa e reconhecida pela sociedade como um dos melhores projetos sociais, já que além da formação profissional, também forma cidadãos para a vida.

No dia 12 de outubro de 2011, quando se comemorou o Dia do Guarda Mirim, foi inaugurada a sede própria da Associação Guarda Mirim Municipal de Piracicaba, situada a Rua Gonçalves Dias, nº 721, bairro Piracicamirim, a qual em homenagem pela base forte da organização rendeu a denominação do “Edifício Capitão PM Frederico Ciappina Neto”. O novo prédio da Associação acolheu os setores administrativos, de atendimentos, banda musical e salas de aulas, ficando em prédios distintos ainda o restaurante, a confecção de uniformes e parte do arquivo.

O Instituto Formar oferece aos adolescentes atendidos assistência integral, além acompanhamento pedagógico, psicológico, alimentação, projetos culturais e a oportunidade de participarem do programa socioeducativo profissionalizante na área administrativa com grade curricular validada pelo Ministério do Trabalho. Os adolescentes são encaminhados para as empresas conveniadas, e recebem a formação como profissionais competentes e cidadãos conscientes de seus direitos e deveres perante a sociedade.

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