O vereador Pedro Kawai (PSDB)
participou na terça-feira (18), na Câmara dos Deputados, em Brasília da sessão
solene, de autoria da deputada Keiko Ota (PSB-SP), que homenageou os 105 da imigração japonesa
no Brasil.
Presidente do Grupo Parlamentar
Brasil-Japão, a deputada lembrou a participação dos imigrantes japoneses no
desenvolvimento do Brasil, e reiterou a responsabilidade dos descendentes de
não apenas manter os laços entre as duas culturas, como de fortalecê-los.
"Ocupamos uma situação privilegiada no Brasil graças à garra e ao esforço
de nossos antepassados e por isso temos que honrar seus preceitos e memória,
mas com um olhar no futuro, para que haja continuidade".
À cerimônia compareceram, além do
vereador Pedro Kawai e diversos
parlamentares de origem nipônica, deputados de várias bancadas, empresários e
representantes da comunidade japonesa, como o embaixador do Japão, Akira Miwa,
que enalteceu as fortes relações entre Brasil e Japão.
O Brasil tem a maior colônia
nipônica do mundo. Cerca de 1,5 milhões de japoneses ou descendentes diretos
vivem no País. No Japão, atualmente, vivem cerca de 300 mil brasileiros.
PIRACICABA
No próximo sábado (22), o Dia
Municipal da Comunidade Japonesa, 105 anos da Imigração Japonesa no Brasil e os
95 anos da presença deste povo em Piracicaba ganhará destaque na Câmara de
Piracicaba, conforme iniciativa do vereador Pedro Kawai (PSDB), que assegurou a
realização de reunião solene que acontece, às 09h00, no salão nobre "Prof.
Helly de Campos Melges".
A solendidade será transmitida,
ao vivo, pela TV Câmara, canal 08 da Net e pela internet no site www.camarapiracicaba.sp.gov.br.
Na solenidade, serão homenageados: Natalia Takaki Mazuco, Naoki Kawai, Lumy
Yamazoe Takahashi, Imari Mori e Elza Donomae (in memorian) com a comenda da
Câmara de Vereadores de Piracicaba.
A chegada da primeira leva de
imigrantes oriundos do Japão ao porto de Santos, em 1908, por meio do navio
Kasato Maru, foi apenas o primeiro resultado de anos de discussões, impasses e
negociações entre Brasil e Japão.
Após a abolição da escravatura,
em 1988, os senhores de café tiveram que buscar soluções para a crescente falta
de mão-de-obra. Antes mesmo da abolição, o governo brasileiro já havia tentado
suprir a falta de trabalhadores com imigrantes europeus, mas as péssimas
condições de trabalho e de vida dadas pelos patrões cafeicultores, além de
desmotivar a vinda de imigrantes, fizeram com que alguns países, como a França
e a Itália, até impedissem durante alguns anos que seus cidadãos emigrassem
para o Brasil. Assim, o governo brasileiro passou a cogitar trazer imigrantes
da Ásia.
Porém, nenhuma ação concreta foi
realizada neste sentido até 1895, quando Brasil e Japão assinaram um tratado
pelo qual ambos os países passaram a desenvolver relações diplomáticas, e mesmo
contrariando a opinião pública brasileira, que era preconceituosa em relação a
asiáticos, abriram-se negociações para a vinda de imigrantes japoneses.
O Japão da segunda metade do
século XIX foi um país de dramáticas transformações. A maior parte da população
vivia no campo, onde impostos crescentes levavam mais e mais famílias à fome.
Em busca de empregos e melhores condições de vida, muitos migraram do campo
para as cidades, e outros migraram para o extremo norte, na ilha de Hokkaido,
onde ainda haviam regiões a ser desbravadas. Entretanto, sendo o Japão um
arquipélago superpovoado, as opções logo se escassearam e o governo japonês
passou a promover a emigração como alternativa.
Nos primeiros dez anos da
imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Este número
aumentou muito com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Pesquisas
indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em
terras brasileiras.
Durante o período da Segunda
Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram muitos problemas em
território brasileiro. O Brasil entrou no conflito ao lado dos aliados,
declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os
anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários
atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes. O
presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações
culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.
A maioria dos imigrantes preferia
o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até
mesmo colônias com um grande número de japoneses. Porém, algumas famílias
espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, norte do Paraná, Amazônia, Pará, Mato grosso
do Sul, entre outras.
Apesar de terem vindo para
trabalhar nas plantações de café, os orientais também contribuíram com a
horticultura, fruticultura, cultivo do arroz, pimenta do reino e outros
gêneros. Trouxeram ainda conceitos significativos de adubação e de combate de
pragas e doenças das plantas.
Além da influência direta no
agronegócio, os orientais também deixaram sua marca em um outro setor de
fundamental importância para a economia brasileira: o cooperativismo.
CURIOSIDADES
Os estados brasileiros com maior
porcentagem de descendentes de japoneses é São Paulo (1,9%), seguido do Paraná
(1,5%) e Mato Grosso do Sul (1,4%). As denominações dos descendentes de
japoneses: 1ª geração (isseis, imigrantes); 2ª geração (nisseis, filhos); 3ª
geração (sanseis, netos); 4ª geração (yonseis, bisnetos).
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