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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Pedro Kawai participa de comemoração aos 105 anos de imigração japonesa no Brasil

O vereador Pedro Kawai (PSDB) participou na terça-feira (18), na Câmara dos Deputados, em Brasília da sessão solene, de autoria da deputada Keiko Ota (PSB-SP),  que homenageou os 105 da imigração japonesa no Brasil.

Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Japão, a deputada lembrou a participação dos imigrantes japoneses no desenvolvimento do Brasil, e reiterou a responsabilidade dos descendentes de não apenas manter os laços entre as duas culturas, como de fortalecê-los. "Ocupamos uma situação privilegiada no Brasil graças à garra e ao esforço de nossos antepassados e por isso temos que honrar seus preceitos e memória, mas com um olhar no futuro, para que haja continuidade".

Keiko, que se diz "japonesa na aparência, mas brasileira no coração", afirmou que a homenagem prestada pelos parlamentares ao Dia da Imigração Japonesa "demonstra o respeito ao legado da cultura nipônica no Brasil".

À cerimônia compareceram, além do vereador Pedro Kawai  e diversos parlamentares de origem nipônica, deputados de várias bancadas, empresários e representantes da comunidade japonesa, como o embaixador do Japão, Akira Miwa, que enalteceu as fortes relações entre Brasil e Japão.

O Brasil tem a maior colônia nipônica do mundo. Cerca de 1,5 milhões de japoneses ou descendentes diretos vivem no País. No Japão, atualmente, vivem cerca de 300 mil brasileiros.

PIRACICABA

No próximo sábado (22), o Dia Municipal da Comunidade Japonesa, 105 anos da Imigração Japonesa no Brasil e os 95 anos da presença deste povo em Piracicaba ganhará destaque na Câmara de Piracicaba, conforme iniciativa do vereador Pedro Kawai (PSDB), que assegurou a realização de reunião solene que acontece, às 09h00, no salão nobre "Prof. Helly de Campos Melges".

A solendidade será transmitida, ao vivo, pela TV Câmara, canal 08 da Net e pela internet no site www.camarapiracicaba.sp.gov.br. Na solenidade, serão homenageados: Natalia Takaki Mazuco, Naoki Kawai, Lumy Yamazoe Takahashi, Imari Mori e Elza Donomae (in memorian) com a comenda da Câmara de Vereadores de Piracicaba.

HISTÓRIA

A chegada da primeira leva de imigrantes oriundos do Japão ao porto de Santos, em 1908, por meio do navio Kasato Maru, foi apenas o primeiro resultado de anos de discussões, impasses e negociações entre Brasil e Japão. 

Após a abolição da escravatura, em 1988, os senhores de café tiveram que buscar soluções para a crescente falta de mão-de-obra. Antes mesmo da abolição, o governo brasileiro já havia tentado suprir a falta de trabalhadores com imigrantes europeus, mas as péssimas condições de trabalho e de vida dadas pelos patrões cafeicultores, além de desmotivar a vinda de imigrantes, fizeram com que alguns países, como a França e a Itália, até impedissem durante alguns anos que seus cidadãos emigrassem para o Brasil. Assim, o governo brasileiro passou a cogitar trazer imigrantes da Ásia.

Porém, nenhuma ação concreta foi realizada neste sentido até 1895, quando Brasil e Japão assinaram um tratado pelo qual ambos os países passaram a desenvolver relações diplomáticas, e mesmo contrariando a opinião pública brasileira, que era preconceituosa em relação a asiáticos, abriram-se negociações para a vinda de imigrantes japoneses.

O Japão da segunda metade do século XIX foi um país de dramáticas transformações. A maior parte da população vivia no campo, onde impostos crescentes levavam mais e mais famílias à fome. Em busca de empregos e melhores condições de vida, muitos migraram do campo para as cidades, e outros migraram para o extremo norte, na ilha de Hokkaido, onde ainda haviam regiões a ser desbravadas. Entretanto, sendo o Japão um arquipélago superpovoado, as opções logo se escassearam e o governo japonês passou a promover a emigração como alternativa.

Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Este número aumentou muito com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Pesquisas indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras.

Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram muitos problemas em território brasileiro. O Brasil entrou no conflito ao lado dos aliados, declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes. O presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.

A maioria dos imigrantes preferia o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até mesmo colônias com um grande número de japoneses. Porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo,  norte do Paraná, Amazônia, Pará, Mato grosso do Sul, entre outras.

Apesar de terem vindo para trabalhar nas plantações de café, os orientais também contribuíram com a horticultura, fruticultura, cultivo do arroz, pimenta do reino e outros gêneros. Trouxeram ainda conceitos significativos de adubação e de combate de pragas e doenças das plantas.

Além da influência direta no agronegócio, os orientais também deixaram sua marca em um outro setor de fundamental importância para a economia brasileira: o cooperativismo.

CURIOSIDADES

Os estados brasileiros com maior porcentagem de descendentes de japoneses é São Paulo (1,9%), seguido do Paraná (1,5%) e Mato Grosso do Sul (1,4%). As denominações dos descendentes de japoneses: 1ª geração (isseis, imigrantes); 2ª geração (nisseis, filhos); 3ª geração (sanseis, netos); 4ª geração (yonseis, bisnetos).

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