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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Reunião com prefeito e vereadores debate efeitos da crise no emprego



Em uma conversa franca, o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), membros do Executivo e vereadores da base aliada e de oposição à administração municipal discutiram formas de enfrentar os efeitos gerados pela crise econômica sobre o emprego em Piracicaba. Foi a terceira reunião convocada pelo governo, neste ano, para tratar do tema.

As anteriores levaram ao Centro Cívico representantes do empresariado e, na sequência, dos trabalhadores, por meio dos sindicatos das categorias. O próximo encontro, mais amplo, deve reunir todas as pessoas que debateram o assunto até agora, a fim de discutir como cada segmento pode contribuir na questão.

Pela Câmara, participaram da conversa na sala anexa ao gabinete do prefeito, na manhã desta quinta-feira (16), o presidente Matheus Erler (PSC) e os vereadores Carlinhos Cavalcante (PPS), Chico Almeida (PT), Dirceu Alves da Silva (PROS), Luiz Arruda (PV), Paulo Camolesi (PV), Pedro Cruz (PSDB), Pedro Kawai (PSDB) e Samaritano (PDT).

O encontro, assim como os anteriores, serviu para o Executivo coletar impressões de como a crise está repercutindo na cidade. De acordo com Ferrato, a piora da economia, que afetou primeiro a indústria, com o corte de 1.000 postos de trabalho na cidade em 2014, começa a atingir também a construção civil, o comércio e o setor de prestação de serviços.

O cenário de recessão (o governo federal prevê fechar o ano com retração do Produto Interno Bruto em 0,9%) também repercute na arrecadação do município: após fechar as contas de 2014 com R$ 40 milhões a menos que a receita prevista (sendo R$ 33 milhões só em queda do ICMS), a estimativa é encerrar 2015, segundo cálculos feitos em março, com perda de R$ 30 milhões.

"O que estamos discutindo é o que nós, enquanto município, podemos fazer para, pelo menos, amenizar essa situação. Todos são afetados pela crise, com implicações no emprego e na arrecadação municipal", comentou Ferrato.

A colaboração da Câmara no enfrentamento da crise foi destacada por Erler, que disse ser compromisso dos 23 vereadores o apoio a medidas que preservem o emprego na cidade. Segundo o presidente, o Legislativo buscará "dar agilidade à votação de todos os projetos que venham ao encontro dos interesses da população".

Erler citou o exemplo do projeto de lei complementar 4/2015, enviado pelo Executivo à Casa, que trata da criação de uma Zeue (Zona Especial de Urbanização Específica) na Macrorregião Satélite Autocana a fim de viabilizar a instalação de um núcleo industrial da Mérieux NutriSciences, antiga Bioagri.

A proposta foi discutida pela Câmara em audiência pública realizada na noite desta quarta-feira (15) e agora aguarda pareceres das comissões do Legislativo para, então, seguir para votação em plenário. Segundo Erler, toda essa tramitação, que é obrigatória (inclusive a realização da audiência pública), está recebendo prioridade da Casa para que a propositura seja apreciada o quanto antes pelos vereadores.

Uma vez aprovada, a modificação no Plano Diretor de Desenvolvimento permitirá que a Mérieux NutriSciences invista na instalação de um grande laboratório, com 10 mil metros quadrados de área construída e previsão de inauguração no último trimestre de 2016. Cerca de 700 empregos diretos com alta qualificação (para profissionais com doutorado, por exemplo) devem ser gerados.

Também participaram da reunião o diretor regional da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Evandro Evangelista, representando o titular da pasta, José Luiz Ribeiro; os secretários municipais de Trabalho e Renda, Sérgio Fortuoso, e do Desenvolvimento Econômico, Tarcisio Mascarim, e representantes do Conselho Municipal do Emprego e do Ministério do Trabalho e Emprego.

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