Casa do tradicional time de futebol XV de Novembro, o Estádio Municipal Barão da Serra Negra completou 50 anos de fundação nesta sexta-feira, 4. A celebração da ocasião aconteceu às 18h30, antes da oitava rodada da primeira fase da Copa Paulista, em uma série de ações com a participação da Câmara: abertura de exposição, aterramento da cápsula do tempo e entrega de moção de aplausos.
Primeiro secretário da Mesa Diretora, o vereador Pedro Kawai (PSDB) representou a Câmara no ato. Além dele, marcaram presença os parlamentares Chico Almeida (PT), Pedro Cruz (PSDB) e Paulo Henrique Paranhos Ribeiro (PRB). Eles entregaram a moção de aplausos 156/2015, assinada por todos os vereadores, ao prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), ao secretário de Esportes, Lazer e Atividades Motoras, Johnny Godoy, ao presidente do Esporte Clube XV de Novembro, Rodrigo Boaventura, e aos ex-jogadores Rubens Leite do Canto Braga e Virgílio Salgado de Camargo.
Kawai, que falou em nome da Câmara, definiu o Barão da Serra Negra como “templo sagrado do esporte piracicabano”. O prefeito Gabriel Ferrato relembrou um fato histórico ligado ao estádio: a realização do Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) em 1980, em plena ditadura militar, com a eleição de Aldo Rebelo para presidente da entidade. O deputado estadual Roberto Morais disse que parte considerável de sua trajetória profissional – como jornalista esportivo – aconteceu nas partidas no estádio. Para Boaventura, o melhor presente ao Barão é a vitória do XV, na partida marcada para a sequência contra o Rio Branco, na Copa Paulista 2015.
Após a entrega da moção, as autoridades descerraram a placa comemorativa e aterraram a cápsula do tempo, que será aberta daqui 50 anos. Neste caso, a Câmara contribuiu com material do Departamento de Documentação e Arquivo e, sob coordenação do diretor Fábio Bragança, incluiu um documentário produzido pela TV Câmara e documentos fornecidos pelo Departamento Administrativo e Financeiro e pelos gabinetes do presidente Matheus Erler (PSC) e dos vereadores Ary de Camargo Pedroso Jr. (PDT), Gilmar Rotta (PMDB), Laércio Trevisan Jr. (PR), Pedro Cruz (PSDB) e Pedro Kawai (PSDB).
A exposição alusiva às cinco décadas traz fotos históricas fornecidas por Antônio Zinsly, professor de educação física aposentado que se considera um colecionador de acervos esportivos. A coleta do material ficou aos cuidados do historiador Fábio Bragança. As imagens foram espalhadas pelos alambrados da geral e cativa. Entre as fotografias raras estão as do congresso da UNE, do ato de inauguração, a reforma da cobertura das cativas (em 1987) e a ocasião em que o local recebeu 24.828 pessoas, considerado o maior público, em jogo do XV de Novembro contra o Corinthians no Campeonato Paulista. Há também uma foto do jornalista Delphim Ferreira da Rocha Netto, responsável pelo mais completo acervo sobre o esporte no país.
A HISTÓRIA – É na gestão do prefeito Samuel de Castro Neves que surge a ideia de construção de um estádio para abrigar as atividades esportivas na cidade. Ele assinou, em 3 de julho de 1953, a lei 368, que possibilitou a desincorporação da classe de bens de uso comum do povo e transferência para a classe de bens patrimoniais da área de 48.762,52 metros quadrados.
A autorização para o início das obras se dá por meio do ex-prefeito Francisco Salgot Castillon, que publicou a lei 924, em 24 de novembro de 1960. A construção tem início no ano seguinte.
A inauguração, em 4 de setembro de 1965, é feita pelo prefeito Luciano Guidotti. Houve jogo entre o XV de Novembro e Sociedade Esportiva Palmeiras – com empate – e público de 15.674 pessoas. O primeiro gol no gramado do Barão aconteceu em 11 de setembro de 1965, na partida entre o XV de Piracicaba e Corinthians. Já o nome oficial – Estádio Municipal Barão da Serra Negra – acontece por meio da lei municipal 1.365/1965.
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