“Menos filas em hospitais. Mais dinheiro para as escolas. Mais direito de receber carinho.” As propostas da juventude, retiradas durante a VI Conferência Lúdica da Criança e do Adolescente, colocam ao poder público o desafio de atender variadas demandas, as quais exigem ações práticas e acessíveis. Muito além de mero formalismo, ouvir a população, especialmente jovem e adolescente, é uma maneira de colocar o trabalho do Executivo Municipal em sintonia com a real necessidade destas comunidades.
“É muito importante este trabalho, porque, antes destas conferências, os agentes públicos que definiam o que precisava ser feito, e muitas vezes o que imaginava-se que a população precisava não era o que, de fato, a comunidade queria”, avalia o vereador Pedro Kawai (PSDB), que esteve na Estação da Paulista na tarde desta sexta-feira (24), durante a VI Conferência Lúdica. “Daqui, sai o direcionamento do que o poder público precisa fazer e, para nós, da Câmara, é subsídio para fiscalizar as ações públicas”, disse.
O prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), que também participou da abertura da VI Conferência Lúdica da Criança e do Adolescente, lembra que “estes momentos são um dos mais importantes de expressão da sociedade”, observou. Ferrato avalia as ações voltadas a esta população a partir da educação. “Acredito que este é o caminho e, neste aspecto, a Prefeitura Municipal tem investido muito no Ensino Infantil, ampliando totalizando a demanda para crianças de 4 e 5 anos”, disse o prefeito municipal.
Definido pela Constituição Federal, as conferências são momentos de reflexão e compilação de propostas, que depois do âmbito municipal serão levadas para o Estado e à União. “Trabalhamos com temas gerais, mas normalmente são apresentadas propostas bem específicas, o que ajuda a orientar o poder público”, disse Marcolino Malosso Filho, presidente do Conselho Municipal de Criança e Adolescente (CMCD).
A secretária municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), Eliete Nunes, detalhou que, entre as atuações práticas oriundas das conferências, é a ampliação dos serviços públicos voltados para jovens e adolescentes em risco social. “Tivemos excelente incremento no atendimento. Além do abrigo, temos a Família Acolhedora e a Casa Lar, o que totaliza 130 atendimentos feitos pela Semdes”, informa Nunes. O desafio, segundo ela, é que a recuperação do adolescente seja no âmbito familiar. “Desta forma, ele tem mais facilidade à educação, saúde e lazer, e ficam estigmatizados”, conclui a secretária.
No final de semana, a cidade terá a Conferência Municipal Conjunta dos Direitos Humanos, desmembrada em quatro temas, Criança e Adolescente (CMDCA), do Idoso (CMI), da Pessoa com Deficiência (Comdef) e de Políticas Públicas e Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestir e Transexuais (LGBT).
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